Dados domiciliares divulgados pelo IBGE apontam o crescimento do aluguel e do acesso à internet

Novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre como vive a população brasileira apontam o crescimento de famílias morando de aluguel, a redução de moradores em casas próprias, a retração de casas precárias e o aumento do acesso à internet e à máquina de lavar roupa. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) destaca as informações do Censo Demográfico 2022, que mostram as características domiciliares e podem ser usadas para estruturar políticas públicas municipais. 

Foram divulgados quatro indicadores sobre os domicílios particulares permanentes:
(i) domicílios alugados;
(ii) pessoas vivendo em casas com acesso à internet;
(iii) equipadas com máquina de lavar; e
(iv) pessoas vivendo em habitações precárias. 

Quase 21% da população brasileira – 42,2 milhões de pessoas – residem em domicílios alugados, e essa é a maior taxa desde 1980, quando os dados começaram a ser compilados. É a segunda vez consecutiva que o porcentual de pessoas que moram em imóveis alugados aumenta. Em 2010, a taxa era de 16,4%, representando 31,2 milhões de pessoas. Fenômeno oposto foi conferido em relação ao número de pessoas que vivem em residências próprias, que também diminuiu, pela segunda vez. 

Ainda assim, de acordo com as informações, 72,7% da população brasileira vive em residência pertencente a algum integrante da família, seja herdada, ganhada, quitada ou em pagamento. Outros 5,6% da população moram em casas cedidas ou emprestadas pelo empregador, familiar ou de outra maneira; e 0,8% em outras situações de ocupação. Houve uma redução de casas com até três quartos. Em 1970, quando os dados começaram a ser coletados, essa taxa era de 29,1%, agora, é de 9%. Casas com cinco cômodos ou mais aumentaram de 48,4% para 76,1%, de 1970 para 2022.

O Censo 2022 também buscou saber as condições habitacionais e identificou moradias precárias: habitações construídas com paredes de madeira reaproveitada de tapumes, andaimes, embalagens e outros materiais, e as casas de taipa sem revestimento abrigam aproximadamente 2,5 milhões de pessoas, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Cerca de 285 mil pessoas (0,1% da população) moram em casas de madeira reaproveitadas e embaladas; e 1,3 milhão (0,6% da população) residem em casas de pau a pique ou taipa de mão. Em comparação com o censo anterior, houve uma redução de casas de taipa, mas ainda há 960 mil pessoas vivendo em casas feitas de materiais precários. 

Quase 90%
Mais de 180,6 milhões de pessoas (89,4% da população) estão conectadas à rede mundial de computadores e 15 Estados apresentam índices inferiores à média nacional, sendo o Norte e o Nordeste com os menores índices. Sobre o acesso às lavadoras, a taxa passou de 31,8% para 68,1%, mas ainda há grande concentração de eletrodomésticos no Sul e Sudeste. Por exemplo, 94,2% dos habitantes de Santa Catarina possuam o dispositivo, enquanto no Maranhão, apenas 27% residem em casa com máquina de lavar roupa.

Segundo avaliação da área de Habitação e Planejamento Territorial da CNM, os dados apresentados apontam melhorias nas condições de moradia e de vida da população, inclusive de acesso à internet e à máquina de lavar roupas. Mas aumentou o número de pessoas em domicílios alugados, apesar dos grandes investimentos federais na última década para acesso à casa própria. A entidade acredita que os dados podem subsidiar programas, ações e políticas públicas para assegurar resultados mais efetivos.

Da Agência CNM de Notícias

Fonte: CNM

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