O Brasil enfrentará uma nova onda de calor a partir de segunda-feira, 17 de fevereiro, afetando inicialmente os Municípios dos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, e se estendendo para Goiás e Bahia, conforme alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A massa de ar quente e seco, que já atua nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, intensifica as temperaturas, que podem ficar mais de 5°C acima da média. Diante dos riscos, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) traz orientações aos gestores.
A entidade destaca que esta será a terceira onda de calor de 2025, sendo que as duas anteriores ocorreram em janeiro e fevereiro, com temperaturas superiores a 40°C no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nesse contexto, alerta para o impacto crescente das ondas de calor no Brasil, intensificadas pelo aquecimento global.
Desafios municipais
As projeções climáticas para o Brasil indicam um cenário desafiador, exigindo um fortalecimento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil. A Confederação ressalta a necessidade de investimentos em preparação para enfrentar eventos climáticos extremos, alinhados à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/2012).
Um dos principais desafios enfrentados pelos gestores municipais é a contabilização dos danos e prejuízos financeiros causados por desastres. A CNM alerta que os Municípios, especialmente os de pequeno e médio porte, não têm condições de arcar sozinhos com os custos da gestão de riscos e prevenção de desastres. O apoio da União e dos Estados é essencial, principalmente para contabilizar prejuízos econômicos em desastres relacionados a eventos extremos, como as ondas de calor.
Ações municipalistas
A CNM destaca ainda que União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem adotar medidas para reduzir os riscos de acidentes e desastres. A entidade recomenda que os gestores locais fiquem atentos às previsões e aos avisos meteorológicos e incentivem ações preventivas para proteger a população exposta ao calor extremo. Algumas dessas medidas incluem:
• Evitar a exposição direta ao sol, especialmente das 10h às 16h.
• Criar pontos de resfriamentos para a população.
• Incentivar a hidratação frequente, especialmente para crianças e idosos, mesmo que não sintam sede.
• Avaliar a necessidade de suspender grandes eventos e evitar aglomerações.
• Trabalhar em conjunto com as unidades de saúde para atender pessoas com sintomas causados pelo cenário.
Foto: EBC
Fonte: CNM